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Síndrome de Down e cardiopatia congênita
21/03/2024

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de metade das crianças com Síndrome de Down tem alguma cardiopatia congênita. Destes, 50% têm indicação cirúrgica até os três anos de idade. O melhor momento da indicação cirúrgica passa por uma série de fatores como, por exemplo, a repercussão da cardiopatia, que pode levar à hipertensão pulmonar, e o contato da criança com vírus respiratórios, que pode prejudicar a evolução dos sintomas e atrasar a cirurgia, além de trazer sequelas respiratórias.
Os três primeiros anos de vida do paciente com Síndrome de Down são muito importantes para o desenvolvimento motor. É nesse período que eles desenvolvem sua relação com o meio ambiente no sentido de interagir fisicamente. Aprender a alcançar objetos e deslocar-se são indispensáveis para, mais tarde, desenvolver a linguagem e suas relações sociais.
Segundo Kelly Abud, diretora do Serviço de Fisioterapia do InCor, uma criança com Síndrome de Down internada para cirurgia tem grandes restrições em seu contato com o meio, seja pelos sintomas da cardiopatia, seja pelo próprio procedimento. Com isso, as chances de atrasar o desenvolvimento motor aumentam. Por isso, a avaliação feita por um fisioterapeuta é muito importante, desde o pré-operatório até a alta hospitalar. Além do cuidado para manter os pulmões livres de secreção e expandidos, o fisioterapeuta é o profissional que sugere o melhor momento e o melhor tipo de estímulo à motricidade.
No InCor, a equipe de fisioterapeutas é especialista em cuidar de crianças com Síndrome de Down e cardiopatias congênitas, considerando todos os aspectos do desenvolvimento e pensando na inclusão social dos nossos pacientes.
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Kelly Abud
Fisioterapeuta
CREFITO-3: 17881-F